quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

RETROSPECTIVA: AS 10 PIORES ATRAÇÕES DA TV EM 2010

"Adeus ano velho, feliz ano novo..." É essa a canção imortal entoada ate hoje, por quem que seja, para celebrar o ano que vem chegando. Com a chegada de um novo, demos um tchau para aquele velho, que se vai. Bom seria mesmo, se ele fosse, e levasse com ele tudo de ruim que o marcou.
A TV dse longe, esta deixado de ser veiculo de comunicação, e passando a virar instrumento de "infotenimento" uma espécie de junção de jornalismo com diversão, que, diga-se de passagem, não vem dando muito certo. Ligar a TV hoje para assitir alguma coisa, é opção rara entre vários no mundo. É preciso passar por várias peneiras para achar um ouro entre os canais opcionais. Mas é possível. A Televisão tem também boas opções. Mais pior é que as piores opções, vinheram em maior quantidade. Em programas exdruxulos, em temas bizarros, em opções gortescas que beiraram o absurdo e afalta de bom censo. 
generalizou-se o conceito de fazer TV, e hoje, todo mundo que tem uma idéia que ponha pessoa em perigo, coloquem uma modelo com uma bunda de fora e mostrem uma sátira entre pessoas que sabem cantar, vira programa. Confesso que, mesmo achando tudo isso uma tremenda bobagem, passei este ano mais tempo grudado da TV do que gostaria. Foi por isso, que fizemos uma retrospectiva dos piores momentos da TV em 2010. Algo bem pessoal, sem generalizações, uma vez que não cobri todo o setor de canais. Veja e ao mesmo tempo em que percebe o quão foi irônico as opções da televisão este ano, torça e cruze os dedos para que o ano que vem, traga na bagagem opções diferentes, que nos façam rir sem ser preconceituoso e que nos faça grudar na telinha, sem precisar nos deparar-mos com cobras e baratas sobre humanos. 
A parte boa da história, eu posto no ano que vem!

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Maior tombo: Com ambição de renovar a televisão brasileira, propondo “novas formas de diversão” e “pegadinhas do bem”, “Legendários” foi a principal aposta – e a maior decepção – da Record no ano. Sem graça, sem timing e sem direção, o programa idealizado por Marcos Mion sofreu tantas reformulações em poucos meses de vida que terminou o ano irreconhecível.

Maior constrangimento: Deu pena ver a ótima Glenda Koslowski travestida de apresentadora do reality “Hipertensão”, na Globo. Diante da tarefa de um candidato, obrigado a beber uma mistura de vermes, fígado e óleo, tudo batido no liquidificador, Glenda orientou: “Se tiver ânsia de vômito, pode vomitar dentro do copo e continuar bebendo. Se vomitar fora, está eliminado”. Rigorosa, ainda advertiu o candidato: “Tem que beber até o fim. Não. Ainda tem um pouquinho”. Uma tragédia.

Piada mais sem graça: Eles ate tentaram. Tinham alguns quadros interessantes como os das experiências científicas (uma cópia bem feita do já sucesso no programa da Eliana, com os cientistas malucos). Mas o conjunto da obra não agradou. A Band leva o troféu por sua tentativa de animar a grade de domingo com “Formigueiro”. Grande sucesso na Espanha, o programa causou sorrisos amarelos e deixou o humorista Marco Luque, um dos apresentadores do “CQC”, em maus lençóis. Na tentativa de salvá-lo, o programa já mudou de horário, ams não vingou. A Band anunciou que vai tira-lo da sua grade de programação em 2011. É menos um para nos afzer sofrer.

Guinada mais surpreendente: Com a audiência cambaleante, Ana Maria Braga trocou a apresentação de receitas pelo jornalismo policial. Num momento “Datena light”, ocupou o seu programa feminino com reportagens sensacionalistas sobre os casos do momento – o desaparecimento da ex-amante do goleiro Bruno, a morte da menina que recebeu vaselina em vez de soro etc. etc. etc…

Pior novela: A concorrência é dura neste tópico, mas “Tempos Modernos” conseguiu superar “Ribeirão do Tempo”, com honras. A comédia de Bosco Brasil, passada num centro de São Paulo totalmente “maquiado”, jamais encontrou o tom certo, perdeu o fio da meada e causou bocejos no público, que a abandonou. Antonio Fagundes, no papel principal, parecia entediado e a homenagem à Galeria do Rock, aparentemente uma boa ideia, resultou patética.

Maior ridículo: A reportagem do “Domingo Espetacular”, da Record, sobre “Bilu”, o ET de Corguinho, entrou para os anais da tevê brasileira. Levando a sério um assunto grotesco, a emissora ainda passou pelo vexame de ser contestada pelos ufólogos que cuidam do extraterrestre, que acusam o repórter de ter evitado se aproximar de Bilu.

Campeão do trash: Depois de um período meio chocho, Luciana Gimenez recolocou seu “Superpop”, na RedeTV, nas paradas de sucesso ao receber a dançarina Scheila Carvalho, em maio. Grávida de seis meses, a morena do Tchan se submeteu a um ultrassom no programa. “Ô barriga linda”, derreteu-se Luciana, passando a mão. “Realmente, é uma das barrigas mais lindas que eu já vi”, confirmou o médico.

Sensacionalismo flop: Ja lí um livro-científico, que estuda o sensacionalismo na impresna. E aprendi que o Ratinho, se adequa perfeitamente na coclusão. Sensacionalismo, em resumo, é tornar sensacional aquilo que ate então é simples. E ele faz isso com amestria! Me diga: seria realmente preciso brigar no palco para ver o resultado se o filho de uma mulher é mesmo do caso que ela teve em tempos passados? E a ridícula dramatização com os humoristas, é necessária? Mais a guinada do Ratinho, foi pior: Foi a anunciada ida de Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniela Perez, ao seu programa no SBT, em abril. O que gerou enorme expectativa graças à ameaça da novelista Gloria Perez de processar o ex-ator caso ele fizesse alguma revelação mais grave. Resultado: Pádua não falou nada a Ratinho.

Pior repaginação: No ar desde 1986, o “Roda Viva” se tornou o mais respeitado programa de entrevistas da tevê brasileira. Em agosto de 2010, culminando a série de demissões, extinção de atrações e mudanças na grade da TV Cultura, o programa perdeu toda a sua originalidade. Ganhou Marília Gabriela como moderadora, dois entrevistadores fixos e um cenário que eliminou a “roda” e acabou com a sua vivacidade.
Há, detalhe: o programa agora é gravado. Exigencia de dona Marília, que disse que não sabia fazer o programa ao vivo! Que bela escolha da TV Cultura, heim?

Maior chatice: Poucas novelas foram tão chatas quanto “Viver a Vida”. Manoel Carlos perdeu a mão em mais uma trama ambientada no Leblon e protagonizada por uma Helena. Aliás, o papel de Taís Araujo diminui na mesma proporção da sua falta de carisma. O merchandising social, em torno da personagem de Aline Moraes, abusou da paciência do espectador. E o eterno garanhão vivido por José Mayer não agüentou o ritmo. Na sequência, veio “Passione”, mas esta fica para a segunda parte da retrospectiva.

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