segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

UMA DESCOBERTA FANTÁSTICA!


Não se engane. Você não esta lendo um texto de chamada do comercial do programa jornalístico da TV Globo. Mas se prepare: o que você le-rá a seguir, é mesmo um show da vida!

Falar de vida é algo completamente complicado. Antes de você perguntar por que, pense: por quantos altos e baixos você passou hoje? Quantas alegrias e tristezas você viu por ai, no seu dia? Quantas mágoas e quantas provas de amizade você teve? Contudo, nem só de ondulação de sentimento é abastecida nossa vida. Ela também nos reserva surpresas. Algumas bem grandes. Tive uma esses dias, no final deste ano que vai acabando. E confesso: fiquei anestesiado de tanta alegria que eu sentia dentro de mim. Para entender o que eu escrevo, é preciso que um conte um pouco de minha vida á você e que você se passe por um Avelino Neto como o tal que vós escreve.

Você vem ao mundo tendo como apoio apenas uma única alegria paterna. Tirando as enormes alegrias de que ate hoje não tenho dúvida que sentiram os meus avós, alguns dos meus tios e tias (porque de outros, sinto uma certa desconfiança), e amigos e amigas e minha mãe na época em que ela estudava, tinham apenas, falando biologicamente, minha mãe ali para ao mesmo tempo em que sentia as dores de um parto normal, vibrar de alegria de me ver esperneando nas mãos de uma parteira que já se foi, e ouvindo o meu berrante e ensurdecedor choro.  

Em resumo: nunca tive pai! Tive mais do que um, que foram meus avós que anos mais tarde, com a partida da minha mãe na tentativa de ser feliz em outros destinos, me adotariam. Mas, pai, pai mesmo... Não!

Eu me sentia estranho. Cheguei algumas poucas vezes, na primeira oportunidade em que tive de passar uma temporada com meu padrasto, de chamá-lo de pai. Mais não vingou. Aí, fui crescendo com aquele contentamento que tinha e que me cercava. Minha mãe, nunca me deixou faltar nada. Minhas avós foram como uma âncora, que me serviram de apoio ate os dias de hoje, em que tento novos projetos para minha caminhada. Tive mais alguns irmãos depois, e... Aos poucos fui em acostumando. Pra ser sincero nunca nenhum me fazia falta. Ate porque, nunca imaginava. Mais é justamente ai onde mora o X da questão: não tinha um irmão por parte de pai. E por isso, de tanto ver o ponteiro do relógio passar e nada mudar, sempre creia que tudo ficaria como estava. Ate, que a vida, fantástica como é, me reservou uma surpresa. Mostrou-me que eu não estava sozinho no mundo. Senhoras e senhores, fiz uma descoberta, que encabeçam a lista das mais importantes de minha vida: descobri que tenho um irmão por parte de pai. Isso mesmo. Justamente ele, que eu nunca acreditava que existisse ou que não aparecesse. Mais ele apareceu com nome de anjo: Gabriel. Gabriel Arruda!

E com ele, alguns detalhes, que fizeram desta descoberta como o próprio nome sugestiona. Uma amiga, antiga, de infância, foi quem mediou tudo o que aconteceu. Ela descobriu sua existência, e me relatou. Outra descoberta que fiz, foi que ele, já tinha vindo ate a minha cidade-natal, Banabuiú, de onde escrevo este artigo. Mais a vergonha, nos impediu de termos uma conversa. E o tempo... Nos desencontrou mais uma vez. E o mais impressionante, é que a Internet, que eu tanto uso no dia a dia para mediar meus trabalhos, foi quem proporcionou esse nosso achado pessoal, um do outro. E depois, um longo bate papo de descobertas. Logo a internet, a quem eu não acreditava nem um pouco com esse tipo de coisas.

Conversamos nos encontramos ate que nos conhecemos. Um encontro magnífico. Cheio de perguntas enigmáticas e que me deixavam encucado. Era uma sensação totalmente nova. Eu já não estava sozinho no mundo. Tinha um companheiro, pelo menos por parte de pai. E ele, mais tarde, me fez saber que tinha sua mesma história tal como a minha.

Fui brilhantemente recepcionado. Acomodaram-me como se me conhecessem anos á fio. Deram a mim, um novo carinho. Ofereceram-me alem de comodidade, confiança. E me deram aquela sensação que eu nunca esperava ter: a de ter mais um irmão por perto.

Depois que tudo aconteceu, acordei como se tivesse despertado de um sonho. Voltei a minha vida normal, longe de novas sensações, de novas alegrias e de novas descobertas. Mais confiante de que teria por ali, ao som de um sinal por mais discreto que fosse um novo socorro, uma nova ajuda, um novo ombro. Esse, mais do que amigo, um ombro família. Para quem eu pudesse compartilhar alegrias e tristezas.

Aprendi desta lição, digo, desta descoberta, que a vida nos reserva surpresas perceptíveis. Isso mesmo, perceptível. Completamente visível a olho nu. Sem técnicas, sem ajuda de outros. É porque era algo verdadeiro, algo puro e algo que me fez levar uma lição que eu terei para o resto de minha vida: a de que as grandes descobertas de alegrias, às vezes... Estão de fato, bem aí. Perto de você. Na grande maioria dos casos, o arco-íris pode sempre ser alcançado, o seu final pode sempre ser encontrado. E o pote de ouro, existe. E pode estar bem aí, do seu lado. e você, de tanto vai e vem, nem percebe.

No tormento chamado vida, às vezes esquecemos-nos de enxergar que o sinal esta verde. Verde de avançar e ir adiante, para encontrar novos horizontes. Verde, de esperança.

Ao final, assim como este artigo agora, eu lhe perguntei: “O que achou?” E ele me respondeu seco, rápido e verdadeiro: “O melhor dia da minha vida!”
O meu também. Afinal, eu encontrei mais do que um anjo. Eu experimentei da magia de, assim como em um faz de conta, desbravar um arco-íris. E lá no final, encontrei um pote de ouro. Um ouro de nome Gabriel.

Feliz vida para você em 2011! E muitas descobertas! Acredite: elas estão por vir, basta você encontrá-las!

2 comentários:

Brenda disse...

mto bom mesmo. e realmente mais uma prova de que a vida reserva surpresa para todos e que devemos dar tempo ao tempo! feliz 2011 Netinho e parabéns pela matéria!

Unknown disse...

Meu irmão.. agradeço por isso q vc escreveu, vc hoje é uma das pessoas mais importantes da minha vida,Avelino Te amo cara... conte sempre comigo